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Deputado causa polêmica ao segurar bebê reborn e declara: “Não há pec…

Deputado causa polêmica ao segurar bebê reborn e declara: “Não há pecado nisso”
Uma cena inusitada chamou a atenção nas redes sociais e no plenário da Assembleia Legislativa nesta semana. O deputado estadual João Batista (nome fictício), conhecido por seu posicionamento cristão conservador, apareceu em plenário segurando um bebê reborn no colo durante seu discurso. O gesto causou surpresa entre colegas e gerou uma onda de debates nas redes sociais, dividindo opiniões entre religiosos e defensores da arte dos bonecos hiper-realistas.

Durante sua fala, João Batista explicou que o bebê reborn – uma boneca realista usada por colecionadores e, em alguns casos, como terapia para pessoas em luto ou com ansiedade – foi levado ao plenário como símbolo de uma causa que ele considera importante: a empatia e o acolhimento de pessoas que usam o objeto como forma de lidar com traumas emocionais.

“Eu trouxe esse bebê reborn para mostrar que não há pecado algum nisso. Muitos fiéis têm me perguntado se é errado ter ou cuidar de uma boneca como essa. E a resposta é não. O pecado está em julgar, em apontar o dedo. Isso aqui pode ser um instrumento de consolo e cura para muitas pessoas”, disse o deputado.

O vídeo do momento rapidamente viralizou nas redes sociais. Enquanto alguns usuários elogiaram a postura do deputado e classificaram a atitude como “sensível e empática”, outros criticaram duramente, acusando-o de misturar questões religiosas com espetáculos públicos. “Isso é um circo! Um deputado com uma boneca no colo? Cadê o foco nos problemas reais do estado?”, escreveu um internauta. Por outro lado, uma seguidora comentou: “Muita gente ainda tem preconceito com os bebês reborn. Essa fala dele vai ajudar a quebrar tabus.”

A polêmica se intensificou após líderes religiosos entrarem na discussão. Em entrevista a uma rádio local, o pastor Elias Fonseca, referência entre evangélicos da região, afirmou que não vê pecado no uso de bonecas reborn, desde que não haja “idolatria” ou substituição da fé por objetos. “A Bíblia não fala sobre bonecas. Fala sobre coração. Se a pessoa usa isso com pureza, como consolo, não há mal. Mas se cria uma dependência espiritual, aí sim precisa ser orientada”, declarou o pastor.

Especialistas em saúde mental também se posicionaram. A psicóloga Renata Meireles explica que os bebês reborn podem ser ferramentas terapêuticas importantes em certos contextos. “Há mulheres que perderam filhos, idosos com Alzheimer, pessoas com ansiedade severa… o reborn pode ajudar no vínculo afetivo e na organização emocional dessas pessoas. Demonizar isso é um retrocesso.”

Mesmo em meio à repercussão controversa, o deputado João Batista manteve sua postura. “A minha missão é representar o povo com verdade e fé. E parte disso é combater preconceitos, inclusive dentro da própria igreja. Quem julga antes de entender, já erra.”

A cena pode ter parecido incomum para muitos, mas ela abriu um debate necessário sobre empatia, saúde mental e os limites entre fé e preconceito. A discussão está longe de terminar — e ao que tudo indica, o bebê reborn continuará sendo assunto por um bom tempo.

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