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Advogados e aliados veem prisão de Bolsonaro como iminente: “Pode acontecer até …

Advogados e aliados veem prisão de Bolsonaro como iminente: “Pode acontecer até outubro”

Nos bastidores da política brasileira, cresce o clima de apreensão e expectativa em torno do futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo informações de fontes próximas ao núcleo político e jurídico do ex-chefe do Executivo, aliados e advogados já consideram como “altamente provável” que Bolsonaro seja preso até outubro deste ano.

A avaliação tem ganhado força após os avanços nas investigações conduzidas pela Polícia Federal, especialmente aquelas relacionadas à tentativa de golpe de Estado e à suposta participação do ex-presidente em uma rede de desinformação e ataques às instituições democráticas. Pessoas próximas ao caso dizem que o cenário jurídico de Bolsonaro se deteriorou nos últimos meses — e que uma eventual prisão deixou de ser apenas uma hipótese remota.

“É questão de tempo. O cerco está se fechando e há uma convicção entre alguns aliados de que a prisão pode ocorrer até outubro, dependendo do ritmo dos processos e da movimentação do Supremo”, disse uma fonte com trânsito entre os advogados de defesa.

O foco principal das investigações é a Operação Tempus Veritatis, que mira uma suposta tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. Relatórios obtidos pela PF e depoimentos de ex-assessores e militares teriam colocado Bolsonaro no centro de uma articulação para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022.

Além disso, a suspeita de que Bolsonaro teria se apropriado de joias recebidas como presente do governo da Arábia Saudita, e a possível falsificação de cartões de vacinação durante a pandemia, aumentam ainda mais o seu risco de responsabilização criminal.

Juristas ouvidos pela imprensa avaliam que o volume de provas reunidas contra Bolsonaro já justifica medidas mais duras por parte do Judiciário. “A situação dele é extremamente delicada. Há elementos robustos que, em qualquer outra circunstância, já teriam levado à prisão preventiva”, afirmou um renomado professor de Direito Penal da USP, sob condição de anonimato.

Nos bastidores, aliados do ex-presidente estariam se preparando para diversos cenários. Um deles seria a prisão preventiva, considerada mais provável diante da gravidade dos fatos investigados. Outro seria uma prisão domiciliar, como forma de conter tensões políticas, caso haja risco de agitação popular.

Enquanto isso, Bolsonaro tem mantido uma agenda pública discreta, evitando aparições polêmicas e discursos inflamados, numa estratégia que tenta diminuir o desgaste diante da Justiça. Recentemente, ele passou a dar declarações moderadas e reforçar que “confia nas instituições”.

Apesar disso, o tom entre seus apoiadores mais próximos é de preocupação. “O que se ouve nos bastidores não é mais ‘se’ ele será preso, mas ‘quando’”, disse uma fonte ligada ao PL.

Nos próximos meses, o desfecho das investigações poderá definir não apenas o futuro jurídico de Bolsonaro, mas também o rumo da direita brasileira nas eleições municipais de 2024 e na disputa presidencial de 2026. Até lá, o suspense continua.

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