
Após ser questionado sobre possível prisão, Bolsonaro faz desabafo enigmático e surpreende
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser destaque na mídia nacional nesta semana após uma declaração que vem repercutindo fortemente nas redes sociais e nos bastidores políticos. Durante uma entrevista concedida a um canal de direita, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser preso, Bolsonaro surpreendeu com um desabafo considerado por muitos como sombrio e enigmático: “Vou morrer, não vai demorar”.
A declaração aconteceu em meio ao aumento da pressão judicial contra o ex-presidente, que atualmente é investigado em diversos inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo suspeitas de tentativa de golpe de Estado, uso indevido da máquina pública e possível participação em disseminação de fake news durante o seu governo e no período eleitoral.
Visivelmente abatido, Bolsonaro respondeu a uma pergunta sobre a chance de ser detido no curto prazo, algo que muitos de seus apoiadores temem diante do avanço das investigações. “A minha vida aqui já deu o que tinha que dar. Vou morrer, não vai demorar. E vão inventar o que quiserem para tentar me prender antes disso”, afirmou ele, em tom dramático.
O comentário rapidamente viralizou, gerando diversas interpretações. Nas redes sociais, seus apoiadores reagiram com preocupação, alguns questionando o estado de saúde emocional do ex-presidente e pedindo orações. Já seus críticos viram na fala uma tentativa de se vitimizar e desviar o foco dos processos judiciais.
O episódio também reacendeu o debate sobre a possibilidade real de prisão de Bolsonaro. Juristas avaliam que o cerco está se fechando, especialmente após novas evidências terem sido apresentadas pela Polícia Federal no caso que investiga a tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022. Há também apurações relacionadas ao caso das joias recebidas ilegalmente durante o mandato e ao uso indevido de cartões corporativos.
Apesar disso, Bolsonaro ainda conta com uma base fiel de apoio, tanto entre eleitores quanto dentro do Congresso Nacional. O PL, partido ao qual está filiado, tem atuado para blindar o ex-presidente politicamente, e interlocutores próximos afirmam que ele tem se preparado para enfrentar uma possível prisão com discursos cada vez mais voltados ao emocional e à ideia de perseguição política.
A fala “vou morrer, não vai demorar” também gerou preocupação entre familiares e aliados próximos. Fontes próximas ao ex-presidente indicam que ele estaria passando por um momento de introspecção, sentindo-se pressionado e isolado desde sua inelegibilidade e a perda do protagonismo político. Ainda assim, ele deve continuar participando de eventos da direita, mantendo sua imagem ativa entre os simpatizantes.
No final da entrevista, Bolsonaro ainda reafirmou que não teme a prisão, mas teme pela situação do país. “O Brasil está à deriva. Isso é muito maior do que eu. Não estou preocupado comigo, mas com a liberdade de todos nós”, concluiu.
Enquanto a investigação segue em curso e o futuro político do ex-presidente permanece incerto, o desabafo continua ecoando — levantando dúvidas, gerando discussões e reacendendo tensões que já se tornaram comuns no cenário político brasileiro.