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Clima tenso no Planalto: Lula reage a vazamentos sobre Janja e ministros tomam atitude inesperada

Clima tenso no Planalto: Lula reage a vazamentos sobre Janja e ministros tomam atitude inesperada

O Palácio do Planalto viveu momentos de tensão nesta semana após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrar forte irritação com uma série de vazamentos envolvendo sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja. A crise nos bastidores do governo ganhou novos contornos quando alguns ministros, em uma atitude incomum, se ofereceram espontaneamente para mostrar seus celulares ao presidente, em um gesto de lealdade e para provar que não tinham envolvimento com as informações divulgadas à imprensa.

A irritação de Lula teria sido motivada por reportagens que apontam a influência direta de Janja em decisões do governo, especialmente em agendas, nomeações e articulações com a base aliada. Embora a atuação da primeira-dama já fosse conhecida em bastidores políticos, o vazamento de detalhes internos causou desconforto, principalmente por expor discussões privadas do núcleo próximo ao presidente.

Fontes ligadas ao Planalto revelaram que Lula, em uma reunião reservada com ministros, elevou o tom ao falar sobre o assunto. Ele teria afirmado que os vazamentos são “inadmissíveis” e que não aceitará “jogo duplo” dentro do seu próprio governo. Segundo relatos, o presidente não citou nomes, mas o clima de desconfiança foi evidente.

Foi nesse contexto que, de forma inesperada, alguns ministros pediram a palavra e, em gesto simbólico, ofereceram seus celulares para que Lula verificasse mensagens ou possíveis conversas com jornalistas. A atitude, embora tenha surpreendido, foi vista por aliados como uma tentativa de conter o desgaste interno e reforçar a confiança entre o presidente e sua equipe.

“Esses vazamentos colocam em risco a unidade do governo. Mostrar o celular não é o normal, mas é uma maneira de dizer: ‘estamos do seu lado'”, disse um auxiliar próximo a um dos ministros envolvidos.

Nos bastidores, há especulações de que o Planalto iniciou uma espécie de “caça às fontes”, com o objetivo de descobrir quem está repassando informações confidenciais à imprensa. A Secretaria de Comunicação (Secom) estaria monitorando movimentações incomuns e tentando identificar padrões nas reportagens que envolvem assuntos internos do gabinete presidencial.

Janja, por sua vez, ainda não se pronunciou publicamente sobre os episódios recentes, mas aliados afirmam que ela está abalada com a repercussão. A primeira-dama tem atuado fortemente nos bastidores em temas como sustentabilidade, cultura e inclusão social, e tem presença constante em eventos oficiais ao lado de Lula.

O episódio evidencia uma crescente tensão dentro do núcleo governista, em um momento em que o governo tenta consolidar sua base no Congresso e enfrentar desafios econômicos e sociais. A exposição de disputas internas pode enfraquecer a imagem de coesão que o Planalto tenta transmitir.

A pergunta que fica agora é: quem está por trás dos vazamentos? E até que ponto essa crise pode afetar a confiança de Lula em seu próprio time?

Enquanto o governo tenta conter os danos, o clima é de alerta máximo — e a expectativa é de que novas movimentações possam ocorrer nos próximos dias.

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