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Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA; veja a lista completa dos vetados …

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao anunciar que, caso volte à Casa Branca, pretende proibir a entrada de cidadãos de 12 países de maioria muçulmana e africana no território norte-americano. A proposta reacende um dos decretos mais controversos de seu mandato anterior, quando impôs restrições de viagem a várias nações com o argumento de proteger a segurança nacional.

Segundo Trump, a nova lista atualizada incluiria países que, segundo ele, representam “uma ameaça à segurança dos Estados Unidos”, embora não tenha apresentado provas concretas que justifiquem a decisão. Entre os vetados estariam nações como Irã, Síria, Somália, Iêmen, Líbia, Nigéria, Sudão, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Eritreia e Coreia do Norte — esta última já alvo de sanções em diferentes esferas.

A medida tem sido duramente criticada por defensores dos direitos humanos e por membros da oposição, que acusam Trump de xenofobia e islamofobia. Durante seu primeiro mandato, o chamado “Muslim Ban” foi alvo de processos judiciais e mobilizou protestos em todo o país. Apesar disso, a Suprema Corte acabou validando uma versão mais limitada da proibição.

Desta vez, Trump promete ser ainda mais rigoroso, ampliando o número de países e dificultando ainda mais a obtenção de vistos e autorizações de entrada. A proposta inclui a suspensão temporária de imigração, fechamento de fronteiras a refugiados e maior rigor em checagens de antecedentes para cidadãos vindos dessas nações.

A Casa Branca, atualmente sob o governo de Joe Biden, repudiou a fala de Trump e afirmou que qualquer tentativa de reinstaurar políticas discriminatórias como essa será combatida com todos os recursos legais disponíveis. Biden, inclusive, havia revogado o decreto de proibição logo em seu primeiro dia de mandato, como forma de simbolizar a mudança de postura do país em relação à imigração.

Organizações internacionais, como a Anistia Internacional e a ONU, também reagiram com preocupação, alertando para as consequências humanitárias da medida. Para especialistas em relações internacionais, além de agravar tensões diplomáticas, a proposta de Trump pode prejudicar a imagem dos EUA no cenário global e afetar negativamente milhares de famílias que dependem da imigração legal para se reunirem.

Enquanto isso, apoiadores de Trump aplaudem a ideia, vendo nela um reforço ao discurso de “América em primeiro lugar” e uma tentativa de blindar o país contra possíveis ameaças externas. A proposta deverá ser um dos pilares da campanha republicana nas eleições de 2024, reacendendo o debate sobre imigração, segurança e identidade nacional nos Estados Unidos.

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